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sábado, 22 de maio de 2010

- Um Galopar -

Eu, de memória errante
Me criei um cavaleiro andante
para que podesse, ao lado seu,
Encartar-me com os roxinois
do verão e navegar pelos
Mares ambíguos do Amor.

Eu, de memória errante que já falei,
Cintilei meu corpo por entre
as flores e núvens
Pensando um dia tornar-me rei
desta terra intocada.

Mas, Minha memória errante como a aurora
Calou-se de amor
Vestiu-se de torpor ao ouvir:
"_ te amo como a um amigo!..."

E sem que podesse terminar a frase
Muni-me de meu berrante
E prometi nunca voltar,
Não mais me humilhar,
E sem jamais exitar
Banir do dicionário o verbo Amar.

Por isso, Eu, um cavaleiro andante
Cuja memória se fez errante,
Busco no galopar
Um por do sol para enamorar
Sem entender, contudo,
Que só precisava de um sol nascente
Para a menina-flor
Brotar em minha vida de novo
Esse verbo que não ouso mais citar.

[Isadora Fernandes de Oliveira - 02/2010]
"Meu Dom Quixote!"

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