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domingo, 23 de maio de 2010

- Identidade -

Ensozinhei-me, certa vez, e descobri coisas loucas.
Uma forma de pensar desconexa.
Cores, luzes, paixão e ópio

Do cânhomo queimado em minha garganta
Olhos vermelhos, fumaça branca
E minha face grotesca de sempre
me perseguindo em superfícies espelhadas.

Sutil maresia na quietude do amanhecer.

Meu rosto velho de hábitos comuns...
um corpo estranho de facetas banais.
Como a gordura enpregnada da pia.
De corredores que não correm
De jardins sem flores, só feiúra...

O que sou eu em meio ao mundo?
Mais um rosto entre tantos...
RG, CPF, Habilitação...Papel?
E me identifico como ser imoral.
Um monstro quem sabe.

Quero mudar mas tenho medo de perder
minha identidade
Lágrimas, sangue, suor
Do ser pensante que sou (e não sou)
Do ser que se fez Humano em meio ao Horror!

Minha face de sempre: (?)
Olhos redondos e negros como jabuticaba,
Sorrizo estranhamente bonito.
Cabelos cacheados e castanhos.
Pernas finas, seios fartos...
Corpo de mulher em alma de poeta.

[Isadora Fernandes de Oliveira - 03/05/2010]

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