Com meus olhos de linhaça
Percorro esses corredores enlivrecidos
Buscando por algo que ainda não sei.
Saber o que procuro não me traz gozo algum.
Por isso vago calmo, observando estantes empoeiradas e livros mágicos amontoados.
E me calo à partícula prazerosa do silêncio
Que me invade o olhar tão miragemente só!
Esse silêncio me grita, me encanta, me move...
Mover-se, morder-se, morte.
Haveria alguma possibilidade destas palavras,
Jogadas num papel com grafite,
Possuir alguma utilidade...Ou importância?
Criar o novo é como ver as coisas com olhos de criança.
Sem conceito, sem hábito, sem rotina...
Sem o valor e seus cifrões.
Quero ver o não visto,
Desaprender das coisas úteis,
Ver o desforme
E criar minha ARTE
Vista com olhos de linhaça
Por entre bibliotecas empoeiradas.
[Isadora Fernandes de Oliveira - 15/04/2010]
Linda poesia, olhos de linhaça.
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Cadê os versos da morena?