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sábado, 22 de maio de 2010

- Olhos de Linhaça -

Com meus olhos de linhaça
Percorro esses corredores enlivrecidos
Buscando por algo que ainda não sei.

Saber o que procuro não me traz gozo algum.
Por isso vago calmo, observando estantes empoeiradas e livros mágicos amontoados.
E me calo à partícula prazerosa do silêncio
Que me invade o olhar tão miragemente só!

Esse silêncio me grita, me encanta, me move...
Mover-se, morder-se, morte.

Haveria alguma possibilidade destas palavras,
Jogadas num papel com grafite,
Possuir alguma utilidade...Ou importância?

Criar o novo é como ver as coisas com olhos de criança.
Sem conceito, sem hábito, sem rotina...
Sem o valor e seus cifrões.

Quero ver o não visto,
Desaprender das coisas úteis,
Ver o desforme
E criar minha ARTE
Vista com olhos de linhaça
Por entre bibliotecas empoeiradas.

[Isadora Fernandes de Oliveira - 15/04/2010]

Um comentário:

  1. Linda poesia, olhos de linhaça.

    -Inaugurando os comentários-

    Cadê os versos da morena?

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