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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

- Dá até pra ver o tempo ruir -

Quis ensozinhar-me no calor das maldições,

Porque adoro essa palavra e o significado que ela carrega...

Pulei de susto ao perceber que narro inutilmente o balançar de meus cachos.

O que há dentro do meu coração?

Quis sombra numa noite sombria,

Quis o escarlate esplêndido de seus olhos...

Quis sofrer nas faces dos corações enamorados,

Na verdade desafogar-me em lágrimas letradas e

Objetos disformes no entardecer das olivas...

Tenho muita escuridão escondida em sorrisos ávidos

...tenho também...

Um amor tão puro que ainda nem sabe a força que tem!

[Isadora Fernandes de Oliveira – 29/01/2011]

- Pintura de mim (1) -

(poesia do amanhecer)

Sou uma artista, daquele tipo que transpira arte e vive poeticamente.

Sofro de coisas que nem sei o que são.

Minha língua rachada,

Meu corpo desmaia sem sentido...

Perco os sentidos de minha existência, sempre, aos passos das aranhas

Que silenciosamente rangem meu espírito carbonizado de dor.

Desfaleço, definho na calmaria do vento, Brisa

Que se instaura como poeira nas horas viscerais de amor.

[Isadora Fernandes de Oliveira – 29/01/2011]