Junto meus restos mortais diários
E fujo de mim para o sofrimento
Não mais me atingir, não me calar.
E sutilmente rompo as barreiras maternais
Da dor que me aprisiona
Com folículos pátricos
Que me moveram em direção ao suposto sujo e errado.
Ando pisando nas folhas secas minhas
Para mais cedo ou mais tarde
Matar-me a sangue frio, me jogando
Bem do alto para uma vida terna
Que passará em questão de segundos por meus olhos.
Quero colo, sempre!... E compreensão
Antes de ter que não realizar meus
Sonhos tão jovem!
E tão jovem caminho por caminhos degenerados
Procurando os pássaros da noite
Como beija-flor, caio ainda voando parada
E espero meu fim recente!
[Isadora Fernandes de Oliveira – 24/09/2010]