Guria minha dos olhos de Esmeralda
Amar-te assim tornou-me coitado.
Fez doer até onde não se sente nada
Uma dor de arrancar os cabelos e
Chorar todos os segundos, meus, de respiração.
Amar-te assim, ardentemente, cantou-me
Um coração já iludido
E meus suspiros sufocantes adoecem
Em não lhe ter mais, minha linda
Borboleta verde com pintinhas cor de terra.
Nossos filhos, imaginários e retardados,
Larápios inglórios, sem cheiros, sem lembranças
Só misérias aranhas tecendo seda crua.
Nossas vidas escolhidas para sempre
Separadas ao acaso, corroem meu peito
Visceral de dor vermelha pulsante
E alimenta com gemidos no escuro um morrer
Sem o gosto amargo de teu gozo
...Um pra sempre que se acaba pela futilidade de uma aventura infantil!
[Isadora Fernandes de Oliveira – 22/11/2010]