Me fui no entardecer dos contos
Me fiz nas Barcas Novas fechadas de dores
E agora, ando musicando poemas
Esdrúxulos, todos meus
Na esperança de um buscar pensante de Laranjeiras.
De minha antiga coita
Sobreviveram apenas marcas das lágrimas,
Rubras e inaugurais marcas num lenço seda.
Polens de uma vida poeticada
Aos passos das aranhas
E Línguas aquáticas
Passeando por entre as rajadas de vento.
Doce e sombrio, meu pensar (!)
Agora, um ser alheio a mim
Que de mim parte sem temer a quebra,
Mas partem tristes.
Coisa de amar
Cantiga de um escárnio eu
Que nunca me pertencera.
E eu cantarei,agora, docemente
A vida ambígua de um caminhar
Só e acompanhado... (porém só!)
Eu, sozinho, gritei seu nome na pele como tatuagem
E você sem sorrir, sem desvelar,
Galopou serena pela noite fria...
O tempo corrido, meu corpo acabado
Meu esperar cansado (de ti)
Mudou minhas vontades
E resolvi me presentear
Com esta que será minha passagem só de ida!
...Porque morrer trovador não dignifica
Mais a alma do poeta!
[Isadora Fernandes de Oliveira – 14/09/2010]
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