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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

- Poesia Minha, Partida -

Me fui no entardecer dos contos

Me fiz nas Barcas Novas fechadas de dores

E agora, ando musicando poemas

Esdrúxulos, todos meus

Na esperança de um buscar pensante de Laranjeiras.


De minha antiga coita

Sobreviveram apenas marcas das lágrimas,

Rubras e inaugurais marcas num lenço seda.


Polens de uma vida poeticada

Aos passos das aranhas

E Línguas aquáticas

Passeando por entre as rajadas de vento.


Doce e sombrio, meu pensar (!)

Agora, um ser alheio a mim

Que de mim parte sem temer a quebra,

Mas partem tristes.


Coisa de amar

Cantiga de um escárnio eu

Que nunca me pertencera.


E eu cantarei,agora, docemente

A vida ambígua de um caminhar

Só e acompanhado... (porém só!)


Eu, sozinho, gritei seu nome na pele como tatuagem

E você sem sorrir, sem desvelar,

Galopou serena pela noite fria...


O tempo corrido, meu corpo acabado

Meu esperar cansado (de ti)

Mudou minhas vontades

E resolvi me presentear

Com esta que será minha passagem só de ida!

...Porque morrer trovador não dignifica

Mais a alma do poeta!

[Isadora Fernandes de Oliveira – 14/09/2010]

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