Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo
Que já Bocage não sou!...
Sou qualquer um entre a Razão e o Coração
Sou, então eu, a própria poesia!
A própria matéria poética materializada em carne e osso
e sopros de um desejo absurdo de sofrer.
Quero fartar meu coração de horrores, hoje, mais do que nunca (!)
Para poder purificar meu corpo e alma nessa que é a grande dor.
Purificar meu corpo dessa medonha sociedade
Esculpida sobre gigantes devoradores de corações enamorados.
Dessa medonha sociedade que desaprendeu a ver a beleza do cru
pelo mercado de vísceras cor de dólar.
Isadora Fernandes de Oliveira - 09/12/2010.
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