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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

“Como quem despertou de aéreo sonho.”

Camões, grande Camões, quão semelhante

Acho teu fado ao meu, quando os cotejo

Que já Bocage não sou!...

Sou qualquer um entre a Razão e o Coração

Sou, então eu, a própria poesia!

A própria matéria poética materializada em carne e osso

e sopros de um desejo absurdo de sofrer.

Quero fartar meu coração de horrores, hoje, mais do que nunca (!)

Para poder purificar meu corpo e alma nessa que é a grande dor.

Purificar meu corpo dessa medonha sociedade

Esculpida sobre gigantes devoradores de corações enamorados.

Dessa medonha sociedade que desaprendeu a ver a beleza do cru

pelo mercado de vísceras cor de dólar.


Isadora Fernandes de Oliveira - 09/12/2010.

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